O agronegócio é uma área da economia que envolve, principalmente, a produção agropecuária e constitui todos os processos e atividades sociais que estão relacionados com a agricultura e também com a pecuária. Portanto, ao contrário do que se possa imaginar, o agronegócio não abrange somente as atividades no campo, mas também as agroindústrias, a fabricação de máquinas e equipamentos agrícolas e muitos outros.
A importância do agronegócio é indiscutível no Brasil e no mundo. Em termos de economia, de acordo com o CEPEA, de janeiro a abril deste ano, ele foi responsável por 47% de tudo o que o nosso país exporta, além de responder por mais de 30% dos empregos gerados. Também cabe um especial destaque para o papel do agronegócio brasileiro na geração de riquezas, pois ele é responsável por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Para entendermos a logística do Agronegócio, é preciso estudar seus setores a seguir.
Setores do Agronegócio:
● Primário: produtores rurais, agricultores e pecuaristas;
● Secundário: agroindústrias e fabricantes de insumos;
● Terciário: transportadoras, distribuidores e comerciantes de produtos agrícolas, como a soja, o café e a cana-de-açúcar.
Essa integração entre os diferentes setores de atividades fez com que o agronegócio estivesse associado ao processo de modernização agrícola, incluindo a chamada “revolução verde”.
Essa modernização envolve o uso cada vez maior de grandes maquinários, de compostos químicos (fertilizantes, herbicidas e outros) e conhecimentos científicos, a exemplo da biotecnologia e da genética responsável pelos alimentos transgênicos.
Em março, a pandemia de coronavírus gerou um comportamento altista nos preços de diversos produtos agropecuários. Além do seu impacto via efeito de desvalorização cambial, a possibilidade de isolamento social, naquele momento, causou picos de demanda que impulsionaram os preços do arroz, da banana, do café, da carne de frango e dos ovos, por exemplo.
A partir de abril, os efeitos da doença sobre os preços agropecuários foram mais difusos. De acordo com o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, em entrevista à BandNews FM, os setores como o de hortifrúti viram seus negócios cair pela metade; na produção de flores, as perdas foram as mais significativas, de 90%. Bruno Lucchi cita ainda o setor da borracha como um dos fortemente impactados pela crise.
No entanto, no geral, os ramos agrícola e pecuário, tiveram um bom desempenho no país. Pesquisadores do Cepea indicam que o principal impulso ao crescimento tem vindo do setor primário, que subiu 6,43% em 2020.
Embora ainda não haja dados conclusivos, as perspectivas também apontavam para um cenário adversos na produção de alguns setores agroindustriais – principalmente os que não são relacionados diretamente à alimentação, como móveis, têxtil e vestuário, e aqueles que produzem alimentos de maior valor agregado, como alguns laticínios.
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