Segundo a Embrapa, no Brasil cerca de 95% da carne bovina é produzida em regime de pastagens, cuja área total é de cerca de 167 milhões de hectares. Essa particularidade aumenta a competitividade do nosso produto: menor custo de produção, não compete com a alimentação humana e ainda confere um diferencial qualitativo à carne brasileira por não apresentar riscos associados ao “mal da vaca louca”, que está relacionado ao uso de proteína animal na alimentação do rebanho.
Na alimentação do rebanho bovino grandes avanços ocorreram a partir do melhoramento das pastagens existentes. A adoção de capins selecionados e desenvolvidos por meio da pesquisa científica no Centro-Oeste brasileiro, por exemplo, alavancou a capacidade de suporte e também o desempenho animal. Neste cenário, a irrigação se torna um aliado muito importante.
A irrigação é uma técnica que tem como objetivo suprir as necessidades hídricas de uma área plantada em decorrência à baixa disponibilidade hídrica ou a má distribuição das chuvas. Os principais tipos de irrigação utilizados atualmente são a superficial, a localizada e a aspersão.
Na irrigação superficial, a água é conduzida para o ponto de infiltração diretamente pela superfície do solo. Os sistemas de irrigação mais comuns para esse tipo são as irrigações por inundações e as irrigações por sulcos. Já na irrigação localizada, a água é aplicada na área ocupada pelas raízes das plantas, formando um círculo molhado ou faixa úmida. Essa técnica é muito utilizada nos dias atuais, sendo muito aplicada na produção de frutíferas. Os dois sistemas básicos na irrigação localizada são a microaspersão e o gotejamento.
Por fim, na irrigação por aspersão, há a simulação de uma chuva artificial onde um aspersor expele água para o ar, que por resistência aerodinâmica se transformam em pequenas gotículas de água que caem sobre o solo e plantas. Seus principais sistemas são o convencional, o pivô-central e o auto-propelido.
Cada uma delas, aplicadas em momentos e necessidades diferentes das pastagens, serve para contribuir com a otimização de recursos hídricos. Esse movimento não só beneficia o meio ambiente, mas também impacta diretamente na economia, com preços mais baixos de água.
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