Os drones são aeronaves não tripuladas de diversos tamanhos que inicialmente possuíam usos militares, mas que hoje em dia possuem uma variedade bem grande de utilizações, desde captação de imagens para eventos, transmissões de imagens para atividades jornalísticas, entrega de objetos para lojas e claro, diversão.
Além disso, nas operações agrícolas, são usados, por exemplo, no mapeamento de lavouras para detectar plantas daninhas, doenças, vigor e estresse das plantas. Também monitoram irrigação e fazem a aplicação de defensivos e fertilizantes. Os aparelhos ainda podem fazer a semeadura por via aérea e a liberação de insetos usados no controle biológico de pragas.
Nos últimos anos, os drones começaram a ser usados na pulverização de agrotóxicos em algumas culturas, como as de eucalipto, cana-de-açúcar, laranja, café e arroz, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Tudo com muita eficiência, precisão e segurança. Durante a pandemia, a empresa americana DroneDeploy identificou um aumento de 99,7% nos voos e 82% no número de usuários de seus drones em todo o mundo na comparação entre o primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período do ano passado.
Enquanto a agricultura brasileira tem 1.500 drones, a China já usa 100 mil em seu território. Por lá, os processos se tornaram mais automatizados entre os donos das lavouras e o uso dessas máquinas cobre quase 40% do território chinês. Para aumentar este número e popularizar o uso no país, em abril deste ano, uma nova norma entrou em análise para expandir o uso dos drones do agronegócio brasileiro.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vem preparando a publicação de uma Instrução Normativa (IN) que irá regular o uso de drones em atividades agropecuárias. Dos 79 mil aparelhos registrados junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apenas 1.492 estão cadastrados para o uso agrícola.
Segundo dados da Embrapa, a agricultura brasileira tem um enorme potencial para a utilização dos drones, que devem reforçar os cerca de 2,3 mil aviões e helicópteros que fazem do Brasil a segunda maior frota aérea agrícola do mundo. Portanto, os drones não tomarão, por enquanto, o lugar dos veículos aéreos, mas contribuirão no processo, facilitando a vida dos agricultores.
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