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É possível aumentar a lotação do pasto com sustentabilidade?


Pecuária sustentável é o termo designado às atividades de criação de animais baseadas em técnicas que não prejudiquem ou que reduzam os danos causados à natureza. As alterações climáticas, a redução da mata nativa e a disponibilidade de água potável são os fatores que motivam a forte propagação de práticas ecológicas no meio rural.


Dentro desse nicho, um assunto preocupante é a lotação do pasto. O momento certo de aumentar ou reduzi-lo é uma tarefa complexa, pois as forrageiras possuem características distintas.


Uma alternativa para facilitar a vida do produtor rural e trazer sustentabilidade para o campo é com a Carne de Baixo Carbono, um projeto que busca atenuar a emissão de metano pelo rebanho em pastagens tropicais e/ou sistemas de ILP pelo aumento de estoque de carbono no solo, sendo um processo reconhecido, certificado e auditável.


Com o manejo adequado do sistema de produção pecuária, é possível ter 125% mais animais por hectare e um peso / ha coberto 163% maior que o manejo convencional. Tudo isso garante a qualidade do produto final, a fixação do carbono no solo e o controle das emissões de metano.


Os dados fazem parte do primeiro protocolo de produção de carnes de baixa emissão de carbono no Brasil, o Low Carbon Brazilian Beef (LCBB). A Embrapa obteve esses dados em uma Unidade de Referência Tecnológica da pecuária de corte (URT), localizada no Cerrado baiano, por meio de avaliações de estoque de carbono, ganho de peso do gado, qualidade da carne e emissão de metano.


Na avaliação realizada de carcaça e qualidade de carne animal do espaço destinado a CBC, nenhum animal apresentou carne dura. Gelson Feijó, pesquisador da Embrapa Gado de Corte responsável pelos dados, afirma que 2 a cada 3 animais apresentaram carne com menos de 7 kg, o que pode ser considerada como carne macia.


Os pesos médios de abate e de carcaça foram de 573 kg e 306 kg, respectivamente, e 100% das carcaças avaliadas apresentaram gordura mediana e maturidade de dois dentes. Ou seja, a qualidade da carne, a marmorização e a força de corte observadas estão dentro dos padrões dos sistemas de produção brasileiros e da exigência do mercado.

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