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Brasil e o Agronegócio Sustentável




O Agronegócio sustentável é aquele que não visa apenas lucro ou produtividade para o agricultor, mas também considera condições de preparação e condicionamento do solo e práticas agrícolas pensando no longo prazo, de modo a ser menos agressivo para o meio ambiente.


Por isso, os sistemas e práticas de produção agrícola têm se modernizado, tornando-se mais conscientes ao mesmo tempo que não prejudicam a lucratividade do produtor rural. Todos esses benefícios só são possíveis através da modernização, com novas tecnologias que permitem melhorar a qualidade do produtos e reduzir custos operacionais associados.


No Brasil, o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Camargo, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), destacou que a agricultura brasileira é movida à ciência. “Nos últimos 50 anos, está em desenvolvimento um modelo de agricultura tropical baseado em pesquisa e inovação”, ele afirmou.


Camargo ressaltou que isso permitiu que o Brasil passasse de um importador de produtos agrícolas para se tornar o terceiro maior exportador global de alimentos, fibras e bioenergia. Para continuar expandindo a sua produção, “o Brasil não precisa derrubar nenhuma árvore de forma ilegal”, garantiu o secretário.


Além disso, o país possui o Plano ABC. O Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC) foi criado em 2010, oferecendo uma linha de crédito para financiar práticas sustentáveis na produção agropecuária. Em dez anos, a ação conseguiu implantar seis tecnologias descarbonizantes em mais de 52 milhões de hectares e evitou a emissão de mais de 170 milhões de toneladas de carbono.


O secretário lembrou o lançamento recente da segunda fase do programa, rebatizado de Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+). A nova política amplia as metas anteriores e pretende implantar técnicas sustentáveis em 72 milhões de hectares, com a meta de reduzir a emissão de carbono em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário até 2030.


A nova fase do Plano ABC pretende adotar novas tecnologias e uma abordagem integrada da paisagem. De acordo com o secretário, a continuidade do programa, “além da produção sustentável, também promove a regularização fundiária, a preservação da biodiversidade e a conservação ambiental”.


Camargo ressaltou ainda que todos os produtores devem ter acesso às melhores práticas, para que o mundo possa “colher os impactos positivos que a agricultura pode ter para o desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas”.


Entre as práticas de sustentabilidade que tiveram sucesso no Brasil e estão sendo compartilhadas em outros países, estão a recuperação de pastagens degradadas, os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), o Sistema Plantio Direto (SPD), as florestas plantadas, a fixação biológica de nitrogênio e o tratamento de dejetos animais.




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