
O Brasil possui 4,1 milhões de pequenos produtores. Segundo o secretário Nacional da Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke, em entrevista para a Revista Expoagro 2020, cerca de 84% de todas as propriedades rurais do país são de pequenos agricultores que produzem diversas culturas com pouca tecnologia e mão de obra familiar.
Mas quem são considerados os pequenos produtores? O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou hoje em 2021 os limites para classificar os produtores de acordo com o tamanho da Receita Bruta Agropecuária Anual (RBA). O limite para enquadrar os pequenos produtores foi elevado de R$415 mil para R$500 mil por ano.
Esse valor parece baixo quando comparado aos valores totais que o agronegócio fatura, no entanto, com uma larga escala de pequenos produtores espalhados pelo Brasil, eles se tornam muito importantes no cenário. Mesmo com as adversidades do dia a dia, esses produtores respondem por grande parte dos alimentos dispostos no mercado interno, boa parte dos alimentos da mesa dos brasileiros é oriunda dos pequenos agricultores.
Hoje, a agricultura familiar é a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, absorvendo 40% da população economicamente ativa do país e respondendo por 35% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, segundo o Censo Agropecuário de 2006, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Além disso, o setor também preserva os alimentos tradicionais, além de proteger a biodiversidade agrícola, já que esse modelo produtivo dificilmente é associado à monocultura.
Para seguir com as vendas, e até ampliar os negócios, os produtores rurais têm utilizado a internet como uma importante ferramenta. Sites, redes sociais e aplicativos ajudam a manter a renda da agricultura familiar e permitem a geração de negócios com mais pessoas, além do círculo com o qual operavam antes. Uma alternativa para alcançar mais pessoas e novos patamares de classificação.
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