Práticas para otimizar a Produção e a Rentabilidade na Pecuária de Corte
- JULIA SANTOS DE OLIVEIRA
- 22 de jul.
- 3 min de leitura

A pecuária de corte tem papel central no agronegócio brasileiro, representando uma das principais atividades econômicas do país. No entanto, com a competitividade crescente, as margens cada vez mais apertadas e as exigências do mercado consumidor, não basta apenas produzir: é preciso produzir com estratégia, eficiência e foco na rentabilidade.
O sucesso na atividade depende de uma série de decisões integradas que vão desde o planejamento do rebanho até a comercialização do produto final. Por isso, adotar boas práticas de manejo e gestão é fundamental para garantir a sustentabilidade econômica e produtiva da fazenda.
Planejamento zootécnico e nutricional: a base de tudo
A produtividade do gado de corte começa com o planejamento técnico. Definir o sistema de produção (extensivo, semi-intensivo ou intensivo), o calendário de manejo, a taxa de lotação e os objetivos produtivos são etapas cruciais para otimizar os recursos disponíveis.
A nutrição adequada é um dos pilares da eficiência. Dietas balanceadas, adaptadas à fase fisiológica e ao sistema de criação, permitem melhores índices de ganho de peso, redução no tempo de abate e maior padronização da carcaça. É necessário ainda alinhar o fornecimento de suplementos minerais e proteicos, especialmente em períodos de estiagem ou baixa oferta de pastagem.
Além disso, o uso de ferramentas como o manejo rotacionado de pastagem e a integração lavoura-pecuária pode melhorar significativamente a capacidade de suporte da área, contribuindo para uma produção mais intensiva e lucrativa.
Tecnologia e gestão de dados: inteligência no campo
Com a digitalização do agro, os pecuaristas têm à disposição uma série de soluções que auxiliam na tomada de decisão e no controle do negócio. Softwares de gestão, sensores de monitoramento, balanças eletrônicas e plataformas de rastreabilidade ajudam a acompanhar o desempenho dos animais em tempo real.
Essas tecnologias permitem identificar precocemente problemas nutricionais, sanitários ou de manejo, além de facilitar a análise de indicadores como GMD (ganho médio diário), taxa de lotação, conversão alimentar e custos por arroba produzida. Com esses dados em mãos, o gestor pode tomar decisões mais rápidas e assertivas, ajustando estratégias e minimizando perdas.
Outro ponto relevante é o controle financeiro. Saber exatamente quanto custa produzir cada arroba é essencial para garantir margem de lucro e manter a fazenda sustentável a longo prazo.
Melhoramento genético e escolha criteriosa do rebanho
A seleção genética tem impacto direto na produtividade e na rentabilidade da pecuária de corte. Animais com boa conversão alimentar, precocidade sexual e carcaça valorizada representam mais retorno sobre o investimento. A escolha de reprodutores e matrizes com genética comprovada acelera os ganhos zootécnicos do rebanho e permite uma produção mais eficiente.
O uso de inseminação artificial, FIV (fertilização in vitro) e protocolos de IATF (inseminação artificial em tempo fixo) são ferramentas valiosas para padronizar a produção, antecipar ciclos e reduzir intervalos entre partos.
Sanidade e bem-estar animal: impactos diretos na produtividade
Animais saudáveis produzem mais. Esse princípio reforça a importância de um plano sanitário rigoroso, com vacinação em dia, controle parasitário eficaz e acompanhamento veterinário constante.
Além disso, o bem-estar animal está cada vez mais em evidência, tanto do ponto de vista ético quanto comercial. Mercados exigentes valorizam produtos oriundos de sistemas que respeitam o comportamento natural dos bovinos e evitam situações de estresse desnecessário, o que também contribui para uma carne de melhor qualidade.
Comercialização estratégica e visão de mercado
Não basta produzir bem: é preciso vender bem. Pecuaristas que acompanham o mercado, negociam com base no valor da arroba e buscam canais diversificados de comercialização conseguem melhores resultados financeiros.
A venda direta para frigoríficos, a participação em programas de carne premium, o uso de contratos futuros ou mesmo a formação de parcerias com cooperativas e confinamentos são caminhos que podem maximizar o retorno da atividade.
A gestão estratégica da comercialização deve considerar custos, liquidez, timing de venda e os diferenciais do produto ofertado, como: padrão de carcaça, precocidade e rastreabilidade.
Pecuária de corte: gestão estratégica é o caminho para a excelência
A produção de carne bovina está se transformando. Os tempos de improviso e decisões baseadas apenas na experiência estão sendo substituídos por planejamento técnico, uso de dados e estratégias sólidas de gestão. O produtor que deseja se manter competitivo precisa acompanhar essa evolução, profissionalizar sua atuação e estar atento às oportunidades de inovação.
Investir na capacitação e na formação em gestão estratégica é um passo decisivo para quem quer conduzir a pecuária com visão de futuro.
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