Mesmo em um momento delicado, o país conseguiu sustentar a economia no setor agropecuário. E, ainda assim, empregos foram gerados além do esperado. No texto de hoje, vamos falar sobre a geração de empregos no agronegócio durante a pandemia. Fique com a gente!
Geração de emprego durante a pandemia
Os indicadores de geração de empregos são mais um atestado do bom momento vivido pelo agronegócio brasileiro em 2020, mesmo em meio à pandemia de covid-19: foram criados 62,6 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, entre janeiro e junho, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Dessa forma, o agronegócio foi o único setor da economia brasileira a ter um resultado positivo nesse sentido, de acordo com a entidade.
No mês de junho, por exemplo, foram criados 38,8 mil novos empregos formais em todo o País, nos diferentes setores do agronegócio — com 1,8 mil postos fechados, em compensação, mas ainda assim um resultado positivo. Segundo os dados divulgados pela CNA — compilados a partir das informações públicas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia —, a agricultura gerou a maioria desses 38,8 mil novos postos de trabalho registrados em junho.
Foram 9,8 mil em atividades de apoio à agricultura, 10,6 na produção de lavouras temporárias e 14,1 mil nas lavouras permanentes. Entre os milhares de postos de trabalho gerados por essa cultura, a maioria surgiu em São Paulo e no Mato Grosso, segundo a CNA.
A demanda por trabalhadores nas lavouras permanentes se deu principalmente na produção de laranja (7.004) e de café (4.978 vagas).
Cenário pós pandemia
A economia verde poderia representar uma retomada do crescimento no período pós-pandemia. Essa retomada verde da economia é caracterizada pelo investimento em setores estratégicos, principalmente através de novas tecnologias. Há um aproveitamento maior dos recursos públicos e privados, além do uso de inovações nos processos de produção. Ela reflete em menos emissão de gases do efeito estufa, favorecendo a despoluição do ar e a diminuição das mudanças climáticas.
A transição para uma economia com zero emissões líquidas de carbono poderia criar 15 milhões de novos empregos líquidos na América Latina e no Caribe até 2030. É o que diz o relatório “O Emprego em um futuro de zero emissões líquidas” na América Latina e Caribe, um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Organização Internacional do Trabalho (OIT).
É válido ressaltar que os organismos internacionais lembraram que, para apoiar uma recuperação após a pandemia de COVID-19, a região precisa urgentemente criar empregos decentes e construir um futuro mais sustentável e inclusivo.
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