Como maximizar a Produção em Sistemas de Confinamento
- JULIA SANTOS DE OLIVEIRA
- 26 de jun.
- 3 min de leitura

O sistema de confinamento de gado é uma estratégia cada vez mais adotada por produtores que buscam eficiência, previsibilidade e retorno econômico em sua atividade pecuária. Trata-se de um modelo que permite maior controle sobre o ambiente, a alimentação e a sanidade dos animais: fatores essenciais para o ganho de peso e o aproveitamento de carcaça.
No entanto, apesar de suas vantagens, o confinamento exige planejamento técnico, conhecimento em nutrição animal e gestão rigorosa dos custos. Um manejo ineficiente pode comprometer os resultados, impactando diretamente a rentabilidade do negócio.
Planejamento é a base do sucesso
Antes mesmo de iniciar o confinamento, é fundamental desenvolver um plano estratégico que considere metas de produção, custos estimados, estrutura disponível, calendário de entrada e saída dos lotes e o perfil do rebanho.
Esse planejamento deve incluir uma análise de viabilidade econômica, levando em conta o preço de aquisição dos animais, os custos com alimentação e sanidade, e o valor de mercado do boi gordo. A margem por cabeça só será positiva se todas essas variáveis forem cuidadosamente monitoradas.
Dica: use planilhas, softwares de gestão ou conte com o apoio de profissionais especializados para montar esse plano com dados reais e atualizados.
Nutrição eficiente é fator chave para o desempenho
A alimentação representa cerca de 70% do custo total de produção em sistemas de confinamento. Por isso, uma nutrição balanceada, baseada em formulações precisas, é determinante para garantir ganhos de peso consistentes e evitar desperdícios.
O ideal é que a dieta seja formulada por um zootecnista ou nutricionista animal, respeitando as exigências nutricionais dos bovinos em cada fase (adaptação, crescimento e terminação). Ingredientes como milho, farelo de soja, silagem e minerais devem ser combinados de forma estratégica para maximizar o desempenho e reduzir custos.
Além disso, o monitoramento do consumo diário, a frequência de trato e a qualidade dos ingredientes são pontos que impactam diretamente os resultados.
Sanidade e bem-estar animal não podem ser negligenciados
Animais doentes ou estressados ganham menos peso, consomem menos ração e ainda geram custos adicionais com medicamentos e tratamentos. Por isso, o controle sanitário deve ser rigoroso desde a entrada dos animais no confinamento.
Algumas boas práticas incluem:
Quarentena e avaliação clínica na chegada do lote;
Vacinação preventiva contra doenças comuns;
Controle de parasitas internos e externos;
Monitoramento diário de comportamento e escore corporal.
O bem-estar também influencia a produtividade. Ambientes com lotação adequada, sombra, água limpa e ventilação favorecem o conforto térmico dos animais, reduzindo o estresse e otimizando o desempenho zootécnico.
Gestão e controle de indicadores de desempenho
Assim como em qualquer atividade empresarial, a gestão de um confinamento deve ser baseada em indicadores claros e bem acompanhados. Entre os principais, destacam-se:
Ganho médio diário (GMD);
Conversão alimentar;
Custo por arroba produzida;
Taxa de mortalidade;
Índice de lotação.
Esses dados são essenciais para tomadas de decisão rápidas e assertivas, além de possibilitarem comparações entre lotes, safras e anos. A partir deles, é possível identificar gargalos, ajustar estratégias e projetar resultados futuros com mais segurança.
Equipe capacitada e alinhada aos objetivos
De nada adianta ter tecnologia e estrutura se a equipe envolvida não estiver preparada para conduzir o dia a dia do confinamento com excelência. Investir na capacitação técnica dos colaboradores, desde quem alimenta os animais até os responsáveis pela gestão, é fundamental para manter a operação fluida e produtiva.
Além disso, uma equipe motivada, que entende a importância de cada etapa do processo, contribui para redução de erros, melhor aproveitamento dos recursos e aumento da eficiência geral.
O confinamento é um negócio e deve ser tratado como tal
Maximizar a produção em sistemas de confinamento exige mais do que boa vontade ou tradição no campo. É preciso profissionalizar a gestão, entender de nutrição animal, dominar indicadores de desempenho e tomar decisões com base em dados e planejamento estratégico.
Quem atua nesse mercado e quer se destacar precisa investir em conhecimento técnico e visão empresarial, pois o sucesso está nos detalhes e na preparação para eles.
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